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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Livre-se do mau hálito!



Não há nada pior do que ter mau hálito. De fato, a Halitose é um dos problemas mais constrangedores dos quais podemos passar. Porque além de nós mesmos percebermos que algo não vai bem, não há nada pior que conversar com colegas com tal problema – tanto para nós mesmos quanto para quem conversa conosco. Porque também, convenhamos, não é fácil quando vamos conversar com outra pessoa e ela nos presenteia com o temível mau hálito...

O mau hálito ou halitose não é uma doença e sim, um sinal ou sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser identificado e tratado.

O local de origem do mau hálito pode estar na própria boca (em 90-95% dos casos) ou fora dela (5 a 10% dos casos). Dentre o denominado extra-bucal, temos as da via aérea superior (nariz, faringe e laringe), as de origem metabólica ou sistêmica, e as do trato gastrointestinal.

A grande maioria dos casos de mau hálito, ou halitose, tem origem na boca, um ecossistema no qual vivem centenas de espécies de bactérias com diferentes necessidades nutricionais. Quando essa flora digere proteínas, podem ser liberadas substâncias que têm mau cheiro, como o gás sulfídrico, resultante do metabolismo anaeróbico  e o odor característico de ovo estragado, e o escatol, uma substância  que também é encontrada nas fezes, por exemplo.

Dentre as causas mais importantes e comuns originadas na cavidade bucal, temos a saburra lingual e as doenças da gengiva (gengivite e periodontite). A saburra lingual, é uma placa esbranquiçada ou amarelada localizada na região posterior da língua, que se forma basicamente quando estamos frente a uma diminuição da produção de saliva ou de uma descamação da pele.

Nas causas do mau hálito originado nas vias aéreas superiores, os principais responsáveis são pequenas “bolinhas amarelas” nas amígdalas, que nada mais são que restos alimentares que ficam represados em pequenos “buracos” que temos nas amígdalas, os cáseos amigdalianos

Os cáseos e saburra são formados por restos protéicos, alimentares e salivares, células que se descamam da mucosa bucal e bactérias. Estas bactérias se alimentam das proteínas presentes nestes restos protéicos e células descamadas. Nesse processo de degradação destas células e dos restos protéicos ocorre a liberação de enxofre, em sua forma volátil,  principais gases responsáveis pelo mau hálito, que causam a alteração no odor do hálito.

A diminuição da salivação também pode se tornar um vilão – ocorre por estresse, uso de medicações que diminuem sua produção, ou mesmo por desidratação. Isso pode predispor a crescimento bacteriano na língua, levando ao mau-hálito.

A má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, pedaços de alimentos retidos entre os dentes, abscessos também podem levar a halitose.
De origem metabólica, temos o jejum prolongado, a ingestão de alimentos odoríferos (capazes de alterar o hálito), o diabetes não compensado, a hipoglicemia e as alterações hepáticas, renais e intestinais como causas principais, mas que como vimos acima, correspondem somente a uma porcentagem muito pequena dos casos.

A halitose não é uma doença, mas um sintoma de que algo não vai bem no organismo. Por isso, é fundamental determinar a causa do odor desagradável na boca, para introduzir o tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas em diferentes áreas.


Recomendações
* Beba bastante água, pelo menos dois litros por dia, para manter a boca sempre umedecida;
* Evite permanecer muitas horas sem alimentar-se; o jejum prolongado favorece o aparecimento da halitose;
* Capriche na higiene bucal. Quando escovar os dentes, use também o fio dental e passe a escova com delicadeza especialmente na região posterior da língua;
* Certifique-se de que os níveis de glicemia estão dentro da normalidade e que o funcionamento do estômago, rins e intestinos não apresentam nenhuma alteração;
* Utilize, de vez em quando, goma de mascar ou balas sem açúcar, que ajudam a aumentar a salivação.


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