A culinária
japonesa, nos últimos anos, vem atingindo cada vez mais pessoas, sendo
apreciada nos mais diversos círculos sociais. As opções de tal culinária também
aumentou exponencialmente nos últimos anos, com os mais diversos tipos de
opções: rodízios, à la carte, ou mesmo temakis.
A culinária
japonesa que conhecemos no Brasil, na verdade é uma adaptação: a culinária
tradicional não possui abusos em temperos, sal, frituras e açúcar, como estamos
acostumados. Apesar disso, existem opções de comida japonesa tradicional em
alguns pontos das cidades.
Famosa
por utilizar ingredientes para enriquecer e valorizar ainda mais os seus
pratos, a culinária oriental admira também o bom corte, transporte e a origem
do salmão, características que são requisitos básicos para o
preparo de uma receita saborosa.
A boa
alimentação é um dos aspectos que justificam a longevidade dos japoneses, que
tem a maior média em expectativa de vida do mundo, segundo dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas (ONU), 86 anos para as mulheres e 80
anos para os homens. Cientistas e analistas apontam que a fonte de juventude
dos japoneses é a alimentação de baixas calorias, rica em peixes como o salmão.
Os
benefícios de incluir o salmão na dieta são inúmeros, por conter ômega 3,
ácidos graxos e ajudar na produção do bom colesterol, o peixe acaba retardando
o envelhecimento e auxilia também na diminuição de problemas cardiovasculares e
ósseos. Além disso, contribui em 40% no combate à depressão, já que é um ótimo
aliado para manter o alto astral.
Dentre
os ingredientes dos diferentes pratos, destacam-se por seu valor nutricional:
Algas – elas são
excelentes fontes de iodo, fundamental para o funcionamento do sistema
imunológico e da tireoide. Por ser rica em vitaminas do complexo B, elas ajudam
no regulamento da serotonina, hormônio neurotransmissor que nos
confere a sensação de prazer e bem-estar. Além destes benefícios, um estudo
recente mostrou que as algas são capazes de reduzir em 75% a absorção de gordura
pelo organismo
Peixes – Além do famoso
salmão, o atum e a truta são utilizados na culinária japonesa – e podemos dizer
que este “trio ternurinha” é aliado da saúde do nosso coração! Estes peixes são
ricos em ômega3, um ácido graxo poli-insaturado que faz uma verdadeira
faxina nos vasos sanguíneos, dissolvendo as placas de gorduras que se fixam nas
paredes das artérias. Com o sangue fluindo sem barreiras, reduzem-se os riscos
de doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e derrames. E os
benefícios não param por ai não! Eles aumentam o nível do
HDL, o colesterol bom, e diminuem o LDL, o colesterol ruim; são ricos e ricos
em tirosina e vitaminas B6, melhorando a produção e recepção de serotonina!
Pepino - O pepino é composto por 95% de água, o que faz dele
um alimento de baixa caloria e que garante hidratação do organismo. Também é um
diurético natural, que auxilia na diluição dos cálculos renais, e tem potássio,
que favorece a flexibilidade muscular, afastando as cãibras do caminho.
Gergelim - É considerado um dos vegetais mais ricos em lecitina, um poderoso
emulsionante, que facilita a dissolução das gorduras. Uma de suas funções na
corrente sanguínea é dissolver lipídios da corrente sanguínea, regulando os
níveis de colesterol e triglicérides, evitando doenças cardiovasculares. A
lecitina também auxilia na lubrificação do intestino, que junto com as fibras
contidas na semente mantém a prisão de ventre bem longe.
Gengibre - Rico em fibras, o
gengibre tem ação desintoxicante, favorece a digestão e alivia a constipação
intestinal. Com propriedades anti-infamatórias e bactericidas.
Wasabi - A pasta feita da
planta wasábia (ou rabanete japonês) contém potássio, cálcio, magnésio, fósforo
e vitamina C. Usada como condimento, ela ajuda na digestão, principalmente de
comidas gordurosas.
Em relação ao
shiitake e ao shimeji, são considerados alimentos altamente nutritivos e
importante fonte de nutrientes. Em relação ao valor calórico, O alimento soma
apenas 35 calorias, em média, para uma porção generosa de 100 gramas, 1 xícara
e meia de chá. Sem falar que o sabor intenso dele aciona uma espécie de centro
de recompensa do nosso sistema nervoso. Ativado, esse centro manda uma mensagem
de saciedade ao cérebro. Mas atenção: para conservar o baixo valor calórico do
cogumelo não vale banhá-lo na manteiga (troque-a por uma colher de chá de
margarina light). Além disso, possui uma grande quantidade de proteínas, tanto
quanto a carne vermelha; pode-se dizer que quatro colheres de sopa de shiitake
equivalem a um bife de carne vermelha pequeno. Tanto o shiitake como o shimeji
contêm uma composição privilegiada de aminoácidos essenciais, aqueles
nutrientes fundamentais para o metabolismo funcionar a pleno vapor e que o
nosso corpo não sintetiza sozinho. Outra grande vantagem dele sobre a carne
está na baixa quantidade de gorduras. Enquanto 100 gramas de contrafilé têm
cerca de 13 gramas de lipídios, a mesma quantidade de cogumelo não ultrapassa
um grama de gordura. Aí, não importa se você é fã da proteína para ganhar
músculos ou se quer emagrecer comendo menos carboidrato, o ponto vai para o
cogumelo.Ainda, estimula o sistema imunológico e
auxilia no combate ao mau
colesterol.
Apesar disso,
alguns cuidados devem ser tomados: o principal é em relação ao molho de soja,
ou shoyu. A má fama se deve ao uso do molho shoyu em pratos onde já exista a
adição de sal. Esta adição não é costume dos japoneses, mas sim da nossa
cultura. O ideal é dispensar o uso de sal quando a intenção é utilizar shoyu
como molho.
Outros vilões
escondidos são os molhos que acompanham o yakisoba, os temperos secos dos
lámens (macarrões instantâneos), a grande quantidade de carboidrato presente no
arroz (base da culinária japonesa), o açúcar, que está misturado ao arroz e aos
molhos, sem esquecer das frituras, seja nos tempurás ou nos makimonos tipo hot philadelphia. Aliás, a ingestão
freqüente de sushi e sashimi, no lugar de outros combinados como arroz e
feijão, requer atenção, pois os primeiros são pobres em ferro e seu consumo
freqüente pode trazer carência deste nutriente.
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