Há quem goste da
rotina de dormir às 23h e acordar às 07h – a consideram “fisiológica” e o modo
correto de viver. Apesar disso, existem pessoas que possuem ojeriza à esses
horários estritos; “produzo muito mais à noite”; “acordar cedo não deveria
existir!”; são algumas das frases mais ouvidas por quem convive com estas
pessoas. Mas fique tranquilo! A ciência e a sociedade já começa a reconhecer
que você não é, na verdade, um pária, mas sim alguem com outro ritmo!
As pessoas que
possuem o ritmo de ir dormir e acordar mais tarde têm sido denominadas “pessoas
B”. E não pense que você é o único – grandes nomes da humanidade, como Thomas
Edison, Bill Gates, Barack Obama, passando por Bach, já declararam sua maior
produtividade à noite. O presidente dos EUA, Barack Obama, já se definiu certa
vez como uma “coruja”, pela preferência.
Dentre os
médicos, isso é muito perceptível. Muitas vezes, trabalham em esquema de
plantão, sendo um turno de 12h das 07h-19h e outro das 19-07. Alguns médicos
tem preferência ferrenha pelo horário do dia, enquanto outro não suporta a
idéia de iniciar o plantão cedo e perder a tarde, preferindo o horário noturno.
Há um movimento
mundial que cresce a cada dia, denominado “B-Society” (“Sociedade B”). O “B”
seria de “biológico”, pois o grupo se baseia em estudos que dizem que cada
pessoa possui um ritmo biológico diferente. Tal grupo prega que escolas,
empregos e opções de lazer deveriam oferecer horários alternativos, para que
sua melhor produtividade em certos horários possa ser melhor aproveitada. Além
disso, evitaria problemas de saúde como irritabilidade, depressão, estresse e
abuso de medicamentos. Segundo pesquisas, uma "pessoa B" possui um ritmo interno
de 25 a 27 horas, enquanto o de uma "pessoa A" tem um ciclo de 23
horas. As "pessoas B" são mais produtivas no final do dia e têm
dificuldades de despertar de manhã cedo, que é quando as "pessoas A"
são mais ativas.
De acordo com pesquisas do movimento, de 10% a 15% da população
são matutinas ou pessoas “A”, cujo melhor desempenho é das 6h às 22h e o pico
de energia antes do meio-dia. Já as pessoas “B” corresponderiam de 15% a 25% e
funcionariam melhor de 9h a 1h, tendo seu melhor rendimento à tarde. A grande
maioria, por sua vez, consegue se adequar a um dos dois tipos, e ao longo da vida
a preferência pela manhã ou noite pode variar.
Alguns países já
adotam flexibilização de horários. O exemplo talvez pioneiro nessa área seja a
“Vorbasse School”, na dinamarca, que oferece horários flexíveis de estudo; a
Suécia também está entrando nessa onda, e a primeira instituição deste país a
implementar tal esquema é uma escola de Gotemburgo, que em setembro passou a
oferecer turnos opcionais entre 20h e 8h. A Finlândia e outros países europeus
também tem realizados testes nesta área.
A Folha de São
Paulo publicou recentemente um manifesto dos adeptos desta prática, com o
seguinte conteúdo: "Por que precisamos trabalhar todos no mesmo horário e
enfrentar os mesmos engarrafamentos? Por que temos de correr ao mesmo tempo
para pegar as crianças na escola antes que elas fechem? Por que tudo tem de
funcionar nos mesmos ritmos e horários se isso causa.
No Brasil, esse
movimento ainda engatinha a passos muito lentos. Entretanto, algumas empresas
começam a dar mais atenção aos diferentes perfis de produtividade de seus
funcionários. A Unilever, outro exemplo, permite que os
colaboradores escolham entrar no trabalho entre 8h e 10h30m.
E você, o que prefere? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!!
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