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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Bulimia


Bulimia é um transtorno alimentar conhecido pelo dismorfismo corporal, ou seja, insatisfação crônica com o corpo; tal insatisfação leva à compulsão alimentar seguida por comportamentos não saudáveis para perda de peso, como induzir vômito (90% dos casos), uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas. Diferencia-se da anorexia nervosa por envolver grande variação de peso, descontrole alimentar frequente e estar mais associado a depressão maior, enquanto a vítima de anorexia está mais associado com uma magreza excessiva, longos períodos sem se alimentar e transtornos de ansiedade.

Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres.

A pessoa bulímica tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos autoinduzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas. A ingestão de grande quantidade de comida, de preferência alimentos gordurosos, está fortemente associada à prazer, relaxamento e afeto, já que grande número de eventos sociais envolvem comidas engordativas.

A causa exata da bulimia é desconhecida. Fatores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais ou culturais podem contribuir para seu desenvolvimento. A bulimia provavelmente ocorre devido a mais de um fator.



Alguns aspectos psicológicos frequentes em pessoas com bulimia são:
   Baixa autoestima;
   Pensamento do tipo “tudo ou nada” (extremistas);
   Ansiedade elevada;
   Perfeccionismo;
   Dificuldade de encontrar formas saudáveis de obter prazer e satisfação;
   Excessivamente críticos;
   Excessivamente exigentes;
   Insatisfação constante.

Consequências comuns
Esses comportamentos podem ter diversas consequências negativas para a saúde como:
   Problemas nos dentes e gengivas;
   Desidratação;
   Fadiga;
   Ressecamento da pele;
   Arritmia cardíaca;
   Irregularidade ou perda da menstruação;
   Obstipação;
   Humor depressivo e variável;


A abordagem com diversos profissionais da área da saúde é necessário, como nutricionista, psicologista, médico psiquiatra; inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial. Eventualmente, medicamentos antidepressivos podem ser utilizados e têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.

COLABOROU COM ESTE ARTIGO



Dr. Rafael Monsanto
Médico formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

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