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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Síndrome Metabólica - o perigo silencioso


A síndrome metabólica é um assunto em voga dentre médicos, nutricionistas e pessoas preocupadas com seus hábitos sedentários ou pouco saudáveis. Facilidades da sociedade moderna, como por exemplo os automóveis, escadas rolantes, elevadores, controle remoto, associado à trabalhos no qual se passa grande parte do dia sentados, associados à falta de atividade física, quando aliados à má-alimentação, podem resultar em uma síndrome que era ignorada até pouco tempo: A síndrome metabólica.

Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven observou que comumente a obesidade não era uma afecção única, mas na grande maioria dos casos, acompanhava-se de hipertensão, alterações na glicose e no colesterol. Mais que isso, estas pessoas exibiam uma tendência muito maior de desenvolverem distúrbios do metabolismo dos açúcares, inclusive com incidência aumentada de diabetes mellitus tipo 2 nessa população. Além do mais, estavam relacionadas à um risco de morrer por causas cardiovasculares (infarto, AVCs) três vezes maior que pessoas sem tais alterações.

Segundo a International Diabetes Federation, um quarto da população adulta mundial tem síndrome metabólica. As principais vítimas são os homens com mais de 40 anos; entretanto, as mulheres não estão livres da doença – principalmente as que entraram na menopausa.

Quem desenvolve a síndrome, em princípio, não tem sintomas que possam sugerir uma visita ao médico. Quando os sinais começam a aparecer é porque a doença está em estágio avançado e perigoso. Para quem fuma e ingere bebidas alcoólicas com frequência, os riscos de impulsionar o avanço da doença são ainda maiores.

Será que você anda assim?

A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência contra o hormônio responsável por levar o açúcar presente no sangue para dentro das células, a insulina. Para lidar com tanto açúcar, associado à uma inflamação sistêmica resultante dos maus hábitos, criam uma resistência a este hormônio, fazendo com que ele seja liberado de forma desordenada pelo pâncreas.

   Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
   Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica acima de 130 e/ou pressão arterial diatólica acima de 85 mmHg;
   Glicemia alterada (glicemia 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
   Triglicerídeos 150 mg/dl;
   HDL colesterol abaixo de 40 mg/dl em homens e abaixo de 50 mg/dl em mulheres
   Microalbuminúria – Presença de albumina, um tipo de proteína, na urina.

Eu tenho Síndrome metabólica: e agora?

Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Em alguns casos o uso de medicação se faz fundamental. Um médico endocrinologista pode avaliar e orientar seu caso especificamente, associado à orientações dietéticas do nutricionista e atividade física particularizada para cada paciente, orientada corretamente por um profissional habilitado da área da educação física.


COLABOROU COM ESTE ARTIGO:

Médico formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP


Dr.  Rafael Monsanto
Médico formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

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